segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Reflexões sobre o Minecraft e seus programas no You Tube

Por Mariana.

A Aline Kelly, no Mães (e Pais) com Filhos, escreveu, hoje, um post que amei e resolvi trazer para vocês. Ela linkou três opiniões sobre o Minecraft e seus tutoriais do You Tube, que a gurizada de 7 a 10 anos assiste sem parar. Para ler e refletir. (Te prepara que são 3 textões!).




1) Por CRTL + PLAY

Minecraft é, hoje, um dos jogos mais populares do mundo entre as crianças.

Há 6 anos no mercado, o game é uma febre entre os mais novos por vários motivos que você vai descobrir aqui.

Com seus gráficos simples e de fácil jogabilidade, tem rodado o mundo conquistando mais jogadores e novas possibilidades de se utilizar o jogo.

Os pais assistem um tanto quanto temerosos aos seus filhos em frente ao jogo. Porém, é preciso observar o alto potencial educativo que esse game oferece.

A escola de programação e robótica Ctrl+Play separou 8 coisas que os pais precisam saber sobre Minecraft:

O Minecraft não tem fim.
As crianças estarão seguras no jogo.
Existem diferentes modos de jogo.
Minecraft é para todo mundo.
Estimula o trabalho em equipe.
Existe uma infinidade de Mods no Minecraft.
O Minecraft é muito educativo.
O Minecraft potencializa o aprendizado da programação.
Acompanhe cada item e fique um pouco mais por dentro do mundo Minecraft que fisga a atenção do seu filho.



1. O MINECRAFT NÃO TEM FIM

O Minecraft é um jogo formado por blocos que se agrupam para a criação das mais variadas estruturas, objetos e muitas outras coisas.

Configura-se como um jogo sandbox (um estilo de game em que são impostas limitações pequenas ao personagem). Assim, o jogador pode vagar e modificar completamente o mundo virtual de acordo com a sua vontade.

Possui, então, uma infinidade de possibilidades oferecidas aos jogadores. Diferentemente dos jogos de modo carreira, não possui as famosas “fases” ou “missões” que se sequenciam para um final resolvido.

Graças a esse formato, propicia às crianças que se utilizem da imaginação para criar os mais variados tipos de produtos, construções e o que mais pensarem.

O Minecraft faz-se, então, um excelente estímulo à criatividade da criança.


2. AS CRIANÇAS ESTARÃO SEGURAS NO JOGO.



O jogo possui modos de se jogar sozinho e é muito divertido dessa maneira.

Porém, muitas crianças gostam de jogar no modo multiplayer, onde pode-se chamar os amigos, compartilhar os produtos criados, as construções, etc.

A boa notícia é que os pais podem controlar com quem os seus filhos jogam. Podem liberar a interação apenas com aqueles usuários conhecidos e, assim, deixar a experiência do jogo mais segura para seus filhos.

3. EXISTEM DIFERENTES MODOS DE JOGO

O jogo possui modos de trazer experiências diferentes para o jogador. São os chamados "modos" e se dividem em 5, conforme explicado a seguir:

Creative: modo livre, o básico do Minecraft. Os itens (como ferramentas, produtos agrícolas, tijolos, etc,) já estão disponíveis e o usuário não possui “vidas”.

Survival: o jogador possui um número de x de vidas. Os itens precisam ser coletados. Após morrer no jogo, o usuário volta para um ponto pré-estabelecido por ele.

Hardcore: o jogador possui uma única vida e, ao morrer, volta ao ponto inicial do jogo, perdendo todo o progresso conquistado até então.

Spectator: o usuário não realiza função alguma, apenas assiste ao jogo.

Adventure: é um modo com mais dificuldade que o Criative. Nele, as ações são um pouco mais difíceis de se realizar. O usuário também pode criar “fases” parecidas com as de jogos mais comuns.

4. MINECRAFT É PARA TODO MUNDO

Fácil de se compreender e jogar, o Minecraft não possui nenhuma restrição de público ou idade.

Está disponível para várias plataformas (computadores, videogames e celulares). Oferece diversão para crianças de várias idades, sendo menina ou menino. É barato e não oferece dificuldades ao usuário.

Dessa maneira fácil e encantadora, o Minecraft já conquistou mais de 100 milhões de jogadores por todo o mundo.

5. ESTIMULA O TRABALHO EM EQUIPE

Ao entrar no modo multiplayer, os jogadores entram em contato com os mais variados problemas: lógica, organização, modo de construção, etc. Essas questões todas precisam ser resolvidas com os amigos. Assim, a criança exercita características importantes para sua formação, como: tomada de decisão, interação com outras pessoas, argumentação e organização.


6. EXISTE UMA INFINIDADE DE MODS NO MINECRAFT



Um dos motivos que tornou o Minecraft tão popular, é a possibilidade que o game abre para a criação de modificações, os chamados “Mods”.

O usuário pode criar o seu “Mod”, que irá mudar a estrutura do jogo, sua aparência e funcionalidades. É preciso que os pais tomem bastante cuidado, pois esses Mods podem ser criados por qualquer pessoa.

É importante ficar atento ao jogo do filho e perceber como ele se configura.

Felizmente, existem variados “Mods” que são muito bons para a educação e propiciam a transmissão dos mais variados conteúdos, como veremos nos itens a seguir.

7. O MINECRAFT É MUITO EDUCATIVO

Matemática, Artes, Ciências, Lógica, História, Programação, Design, Geometria, Arquitetura.

Já pensou aprender todos esses conteúdos de maneira divertida e com o auxílio do seu jogo preferido?

Pois bem, o Minecraft oferece isso e muito mais!

Os professores já estão trazendo o Minecraft para a sala de aula. No Brasil, professores utilizam o jogo para recontar a história da cidade de São Paulo. A Folha de São Paulo traz outros exemplos, como a China, que tem recriado cenários de romances clássicos.

Na Austrália, está sendo utilizado para o ensino da geometria. Na Suécia – país de origem do criador do Minecraft, Markus “Notch” Persson – o game já está sendo incorporado à grade escolar.

Estima-se que mais de 40 países já utilizam o jogo em sala de aula.

A Microsoft lançou o portal “Minecraft in Education” (“Minecraft na Educação”, em tradução livre). Ele procura unir professores e alunos do mundo todo em torno do jogo. Visto como altamente educativo e muito utilizado, a iniciativa visa estimular mais ainda a utilização do game para o ensino dos mais variados temas.

A diretora da área de Educação da Microsoft, Vânia Neto cita: “Na Microsoft, acreditamos que a tecnologia pode e deve ser aplicada em novas formas de aprendizagem, que sejam inspiradoras e permitam aumentar a motivação, envolvimento e interação. Estamos empenhados em contribuir ativamente para o aumento das competências digitais e de programação de todos os alunos, e o Minecraft para Educação será uma ferramenta muito útil para atingir esse objetivo”.

8. O MINECRAFT PARA O APRENDIZADO DA PROGRAMAÇÃO

O Minecraft oferece também opções de alguns Mods para o aprendizado da programação.

Esses “Mods” mudam aspectos do jogo, como sua aparência e funcionalidades, visando o ensino desejado. Uma dessas ferramentas se constitui de um robô que realiza funções dentro do jogo, que são programadas pela criança, seguindo as lógicas de programação.

Nela, o usuário consegue escrever códigos que irão desencadear ações dentro do jogo, as chamadas “turtles”. Assim, a criança entra em contato com conceitos teóricos da programação através de um modo divertido dentro do seu jogo predileto.

GOSTOU?
O curso de programação e robótica da Ctrl+Play traz em sua grade curricular a utilização do Minecraft para o ensino da programação.

Popular entre as crianças, ensina conceitos importantes para o futuro de maneira divertida e interativa.

Se você ficou interessado em preparar o seu filho, ou filha, para o futuro através do aprendizado divertido da programação, agende uma aula experimental de criação de jogos.

A Ctrl + Play é uma escola de programação e robótica para crianças e adolescentes com metodologias de MIT, Microsoft e Google. Parceria do Awebic, a escola tem a missão de ensinar programação para as pessoas que criarão o futuro do Brasil. 



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2) Os vídeos do Minecraft tiram o seu sono de mãe?

Por @TiffanyStica do Blog Mãe com Filhos

As mães de crianças entre 7 e 12 anos estão vivendo uma fase comum, especialmente se são mães de garotos, sem discriminação de gênero, apenas acho que entre os fãs de Minecraft há mais meninos… Independente, meninas ou meninos que curtem o jogo eletrônico que traz agora variantes para o mercado (com livros, revistas, pelúcias, mini figuras colecionáveis, jogos de carta e uma linha inteira na marca de blocos de encaixar mais amada do mundo, a Lego) estão com os olhos na tela dos jogos e também dos filmes.

As produções independentes que começaram a fazer sucesso em canais de Youtube (onde jogadores craques no assunto tornaram seus perfis pessoais uma fonte para ganhar curtidas, fãs e dinheiro através de patrocinadores) a partir de sua criação em 2009, ganharam força e alavancaram o mercado de jogos, angariando uma geração de fãs – Nativos Digitais – que podiam não saber como construir com seus blocos tudo o que desejavam, mas sabiam bem as ações, expectativas e enredo dos personagens das suas séries de Youtube favoritas.    
Meu filho é de 2008 e assim como ele, muitos dos amigos e primos estão na faixa etária que elenquei acima. Estão ávidos por mais tecnologia, dispostos a conhecer jogos novos diariamente e assim como deveria ser com toda a informação que lhes é trazida no dia a dia, especialmente na escola, prontos para tornarem-se o “craque da vez”. Alias, perdoem-me a brincadeira, mas o “craque da escola na minha época” era apenas o bom de bola, os melhores nas atividades físicas, no lance corporal e essa dicotomia de hoje, onde nichos diferentes se mostram tão fortes e possíveis com o “popular” nerd/geek e o craque de bola, o youtuber teen e os intelectuais… isso me fascina!    
Mas, voltando ao que me levou a escrever esse post… #aos8 conheceu há pouco mais de 1 ano, um canal do Youtube chamado Authentic Games e passou a assistir, na companhia dos amigos (quando reunidos após as aulas) o seriado Perdidos, nada mais do que uma produção caseira de cenários e personagens do Minecraft, incluindo o próprio usuário Authentics (apelido on line) e seus amigos, outros youtubers que ganharam tanta ou mais notoriedade do que ele. As falas, os variados sotaques e o enredo faziam saltar os meus olhos e pronunciavam castigos logo que ouvi e vi os primeiros episódios, admito. Depois, conversando com outras mães e vendo a empolgação dos coleguinhas, passei a deixar que os episódios fossem assistidos, mas sempre com supervisão. Crimes premeditados e conspirações são temas que não acho pertinentes na infância, então, logo voltamos ao impasse sobre autorizar ou não as “aventuras do Perdidos” nesta casa.

Lembro de um dia em que fomos assistir um jogo no Maracanã e a policial responsável pela revista, olhou para meu filho e disse: “você não vou revistar, porque é criança e porque tem cara de quem é fã do Minecraft”. Ele foi ao céu e voltou… Seria àquela policial uma vidente também??? Depois ela o esclareceu dizendo que seu filho de 7 anos era fã do seriado Perdidos e esse passou a ser o argumento do guri aqui em casa: “se até o filho da policial pode…” 
Ele podia. Mas por aqui os vídeos foram suspensos logo que os pesadelos começaram. Tanto #aos8 quanto alguns de seus colegas começaram a ter pesadelos com maior frequencia e eu logo imaginei que fosse culpa da “fase medrosa” comum às crianças, entre 6 e 9 anos de idade. 



“A partir dos 6 anos, medos vinculados à realidade, como o do escuro, barulhos na casa, o de ladrões e o de acidentes em geral, são os mais comuns. A família deve transmitir a malícia necessária para que a criança encare os desafios com mas segurança. Nessa hora vale demonstrar como agir diante do assédio de estranhos ou como se portar em lugares públicos, como na piscina do clube”. (Dados do portal Bebe.com.br)



Voltando aos pesadelos, eles falavam de monstros, zumbis, muito sangue e mortes. Enrascadas e planos mirabolantes surgiam em conversas à toa com o irmão caçula e discursos cheios de “marra e gírias” eram repetidos quando das brincadeiras com os colegas da escola. Então, novamente elas – as mães dos amigos – surgiram como um referencial e no bate-papo acabamos percebendo que todas estávamos sendo acordadas de madrugada, com alguma frequência, pelo sono turbulento das crianças. Uma das mães foi taxativa e decretou o fim dos vídeos do canal na casa deles. As outras estavam avaliando e eu, devagar, fui cortando esses vídeos e outros que, na realidade, pela pressão e marketing da mídia a gente acaba deixando que os filhos assistam, mas que não são apropriados para sua idade. Com alguma resistência, mas muita conversa, limitamos o uso do site todo, já que vira e mexe eu me coloco diante da dúvida/reflexão sobre os desafios, benefícios e praticidade do Youtube e seus muitos canais. Mas aí já é papo para outra hora, porque adoramos a ideia de canais que promovam a criatividade e o entretenimento, mas nunca podemos descartar os riscos de conteúdos mal intencionados.
Enfim. Passaram-se alguns meses e os pesadelos diminuíram aqui em casa, mas também acabou o ano letivo, vieram as férias, novos assuntos e interesses surgiram e claro, o amadurecimento pertinente ao desenvolvimento diário das crianças também segue acontecendo. Faço a reflexão porque uma conhecida nos encontrou numa festinha, nessa semana, e tocou no assunto, reforçando quantas noites ficou sem dormir por causa dos pesadelos do filho e quando ela os descrevia parece que os nossos meninos sonhavam com o mesmo cenário… rs rs
O legal da maternidade é isso, poder trocar experiências e constatar coincidências 🙂 
Sobre o medo na infância, vale ressaltar alguns cuidados:
Dê atenção, questione e estimule a criança a enfrentar o medo irreal (ou inimigo): ela encontrará sozinha uma solução para suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em uma aliada no confronto dos medos (em vez de causá-los).
Não gaste tempo demais falando sobre o assunto para evitar que a criança fique ainda mais ansiosa. Mude de tópico, distraia-o.
Fale a verdade sobre os medos reais (ou amigos) para que a criança construa noções de perigo. Exemplo: ela tem de saber que escadas, piscinas e animais presos representam riscos. Mas faça isso sem aterrorizá-la.
Brinque com seu filho e entre na fantasia dele (a do bicho-papão, por exemplo): experiências lúdicas ajudam os pequenos a lidar com seus anseios.
Bonecos e brinquedos treinam a criança para a vida. Os pequenos costumam representar em brincadeiras o sentimento de medo frente a uma situação real, como a ida a um hospital.
Avalie a intensidade do medo e fique atenta para o limite da normalidade, que é a rotina saudável de vida.
(Fonte: Bebe.com.br) 
E sobre o Minecraft, o jogo que continua sendo o “atual”?!



O Minecraft é um jogo eletrônico, tipo sandbox (menos linear, com mais possibilidades do que desafios pré-estabelecidos), que permite a construção de cenários usando blocos (cubos) dos quais o mundo é feito. Criado por Markus “Notch” Persson, em 2009 e lançado em 2011, foi vencedor do prêmio VGA 2011 de jogos independentes.

O jogo basicamente feito de blocos, com paisagens variadas, tem a maioria de seus objetos compostos por eles – blocos – permitindo que estes sejam removidos e recolocados em outros lugares para criar construções, empilhando-os e dando vazão à criatividade do jogador. Opções para criar personagens que se assemelham à forma humana, bichos e perigos, além da mecânica de mineração e coleta de recursos para manter a construção, garantem uma boa mistura experiências, exploração e sobrevivência.  
Como mãe, acho que a perspectiva do jogo (em modo criativo) é excelente e não à toa tem estimulado seu uso em atividades escolares ao redor do mundo, como na China, Austrália e Suécia. O jeitão de Lego virtual, oferece noções de cálculo, geometria, propõe noções de três dimensões, usando materiais da natureza e construindo o que a imaginação permitir. Show! 

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3) Por que o You Tube não pode ser a babá dos nossos filhos
Por Cynthia Le Bourlegat no Fala Mãe


Eu adoraria poder contar com o youtube como uma babá temporária! Porque sabe, mesmo ficando em casa com os meninos, estou bem longe de conseguir dedicar-lhes todo o meu tempo, preciso arrumar a casa, cuidar do blog, do curso de francês, de diversas coisas, enfim, é uma pena, mas infelizmente não posso confiar no youtube, e sabe por quê? Porque nele se encontra uma terra sem fronteiras. Já estava preocupada com o assunto há algum tempo, e na semana passada com a repercussão do vídeo de um youtuber mostrando o que as crianças podem encontrar assistindo vídeos de minecraft me preocupou mais ainda. Ele mostra até machininas (espécie de filminhos feitos através do jogo) onde personagens estupram e matam um a garota e seus namorado. Fiquei bem chocada! 
E mesmo não sabendo o real intuito do vídeo do garoto, se é ou não atacar outros colegas youtubers, ele levantou um tema importantíssimo que precisa sim ser discutido, e preocupa bastante a nós pais: como separar o material para crianças no youtube e ter a certeza que de estão diante de um conteúdo pertinente a suas idades?

Como vocês sabem, meus filhos (de 8 e 10 anos) são fãs de minecraft, e assistem muitos tutoriais no youtube (inclusive ontem estivemos em um evento do tema). Isso sempre me preocupou, e já ensinei aqui como ativar o modo de segurança do youtube para evitar o acesso a conteúdos impróprios, mas como eu já disse, ainda não é 100% seguro. O sistema considera como base de bloqueio: o título do vídeo, as palavras chaves, e as marcações de pessoas que assistiram e sinalizaram como "inadequado", porém nada pode realmente assegurar que conteúdo do vídeo não possa conter: linguagem imprópria, violência demasiada ou algo de teor sexual. De qualquer forma, aconselho que você o ative o modo restrito agora, se ele ainda não estiver ativado.
O alerta não vale apenas para os fãs de minecraft, há algum tempo vimos que os vídeos da porquinha Peppa Pig levavam a outras animações caseiras de muito mau gosto com conteúdo sexual, podendo atingir as crianças menores.

Então, o que nós mães e pais de crianças que assistem vídeos no youtube podemos fazer?

Uma saída é proibir o acesso, ou livre manuseio, principalmente se tratando de crianças muito pequenas.
No caso dos meus, eu acho que seria hipócrita de minha parte proibir o acesso neste momento da vida (não condeno pais que optem pela proibição, como eu disse cada caso é um, e cada pai/mãe tem suas convicções) E no caso de minecraft, acho uma pena privar-lhes de um jogo que, na minha opinião, é bem bacana e criativo, mas que é claro, serve como ferramenta para alguns indivíduos produzirem coisas deploráveis.

Então o que fazer?

Infelizmente, amigos pais e mães, vai sobrar mais trabalho pra gente! E ao invés de conseguirmos uma babá teremos ainda mais serviço, assistindo com eles e analisando quais canais são bacanas ou no mínimo aceitáveis para a idade deles.

Assisti também o vídeo onde o Paulo Afonso do canal RezendeEvil (um dos que meus filhos assistem) se defende das acusações feitas pelo garoto do vídeo que linkei acima. E embora eu simpatize com o Resende, e ache que realmente ele seja um dos que menos fala palavrões, não encontrei muita consistência em suas palavras. Ele disse que fazia a maioria de suas séries de minecrafts para crianças, e que tinha o direito de uma vez ou outra fazer uma direcionada para crianças maiores de 12. Penso que realmente ele tem esse direito, mas seria sensato, como youtuber reconhecido que é, que sinalizasse a classificação etária no título do vídeo.

E é exatamente aí que se encontra um dos grandes problemas do acesso ao youtube por crianças: ele não apresenta indicação classificação etária, dificultando ainda mais o controle parental.
A situação real é que vivemos um conflito de gerações e não sabemos ao certo como lidar com esse problema do excesso de informações que nossos filhos se deparamdesde os primórdios da infância. Em alternativa a proibição, uma medida sensata seria diminuir e limitar o tempo de acesso das crianças ao youtube (de acordo com a idade, por exemplo), facilitanto um pouco mais o monitoramento por um adulto.

 O acesso livre e independente é como deixá-los brincarem sozinhos na rua, pode ser que nada de ruim lhes aconteça, mas estariam sim correndo riscos e expostos a vários tipos de perigo.

 Aconselho vocês leitores e amigos, que conversem com seus filhos e expliquem o motivo pelo qual eles não devem assistir conteúdos impróprios para a idade deles. Que sabemos que eles são inteligentes e compreendem bem as coisas, mas nos preocupamos porque suas mentes estão em formação, assim como seus corpos, e que o acesso a certos conteúdos podem prejudicá-los naquela idade. Sempre os deixando livres para perguntas e dúvidas. Queremos preservá-los ao máximo, mas no caso de os encontrarmos assistindo um vídeo que não achamos adequado, a conversa sem ataques ou coibição é sempre a melhor saída: “O que você está vendo?” “O que você pensa sobre o conteúdo deste vídeo?”


Depois da repercussão do vídeo acima, tive uma conversa bacana com meu filho de 10, apresentei minhas inquietudes, não apenas relacionadas a ele e ao irmão, mas também com crianças menores que estavam expostas a todos esses vídeos do youtube. Ele se demonstrou interessado e também preocupado, disse que acha que alguns vídeos apresentam mesmo muita violência, principalmente para crianças menores que ele, e que não se sentia bem quando os garotos de um canal falam palavrões em excesso, que prefere mudar para outro. A gente nunca sabe realmente se nossas conversas serão eficazes e evitarão deslizes, mas a gente tenta e ser verdadeiro com eles sempre ajuda.


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E você o que acha???? Comente conosco.

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